O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja ficando atrás apenas do Estados Unidos. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na safra 2014/2015, a produção da cultura foi de 95 milhões de toneladas. Dados de Goiás também confirmam que o complexo soja (grãos, bagaço e óleo) ocupa com frequência o primeiro lugar no ranking dos produtos exportados, representando quase 50% do total exportado, segundo última balança comercial divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento na semana passada.
Apesar de fortalecer a economia nos âmbitos estadual e nacional, a soja na cultura ocidental ainda não é tão consumida como acontece, por exemplo, entre o povo oriental. Mas por quê? Muito se diz sobre o gosto amargo que ela tem e, foi com o objetivo de tornar esta leguminosa mais atrativa ao paladar do brasileiro, que a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o Centro Tecnológico para Pesquisa Agropecuária (CTPA) e a Embrapa desenvolveram a Soja BRSGO8061.
Feita por meio de melhoramento genético, esta variedade de soja não possui a lipoxigenase, enzima que é responsável justamente por dar o gosto amargo. Além de promover uma sensação mais palatável, outra vantagem é que se dispensa o choque térmico no preparo do alimento. A extensionista da Emater, Janete Rocha, explica que esta soja vai proporcionar um preparo mais fácil para o consumidor e continuará sendo um produto de qualidade com o mesmo valor nutricional.
